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quarta-feira, 11 de abril de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
O Perigo de Querer Barganhar com Deus
Rede Brasil de Comunicação
Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av.
Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - CEP. 50040 - 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 08 - O PERIGO DE QUERER BARGANHAR COM DEUS
INTRODUÇÃO
Nesta
lição iremos aprender que Deus condena a barganha e que seu relacionamento
conosco não se dá de uma forma mercantil, mas por sua graça e seu favor
imerecido (Tt 2.11). Veremos também que apesar de Cristo ter nos concedido
direitos ao consumar a sentença pelos nossos pecados (Rm 6.23), deu-nos também
deveres a serem cumpridos (Jo 15.10). E estes direitos não concedem a nenhum
servo de Deus ousadia de exigir dele algo, mas de pedir (Hb 4.16). Enfim,
analisaremos também os perigos que cercam aqueles que se deixam envolver por
falsos ensinamentos.
I - CONCEITO DA PALAVRA BARGANHA
Segundo
o Aurélio, a palavra barganha, vem do latim “bargagnare” e significa: trocar, negociar,
vender com fraude. Ou seja, é a consagrada expressão brasileira do “toma lá, dá
cá”. No contexto religioso, barganhar é usar a fé para obter vantagens
pessoais.
II - O QUE SIGNIFICA TEOLOGIA DA BARGANHA
Segundo
os teólogos da prosperidade, os cristãos devem obedecer a Deus para conquistar
as bênçãos prometidas por Ele em Sua Palavra. Dizem que, se obedecermos a Deus,
jamais sofreremos privações. Esse ensinamento pode ser denominado de Teologia
da Barganha.
Na
verdade, essa teologia era também defendida por um dos amigos de Jó, chamado de
Elifaz. Este alegava veementemente que nenhum sofrimento poderia vir ao justo,
mas somente ao ímpio; e que se este estava passando por qualquer infortúnio, o
motivo seria pecado. Vejamos uma de suas declarações:“Lembra-te agora: qual é o inocente que jamais
pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? Segundo eu tenho visto, os que
lavram iniquidade e semeiam o mal, segam isso mesmo. Com o hálito de Deus
perecem; e com o sopro da sua ira se consomem” (Jó 4.7-9).
Será
de fato isto que nos ensinam as Escrituras Sagradas? A obediência a Deus deve
ter como motivação o mero interesse de alcançar seus favores? É evidente que
não. As bênçãos devem ser consequência, e não causa da nossa devoção a Deus. Na
verdade, esse comportamento se constitui numa relação mercantil, e não numa
relação que o Pai deseja ter com seus filhos. A Bíblia aponta algumas
motivações para nós obedecermos ao nosso Deus.
Destacaremos
pelo menos três:
- Amor: “Amarás, pois, ao SENHOR teu Deus, e guardarás as suas
ordenanças, e os seus estatutos, e os seus juízos, e os seus mandamentos,
todos os dias” (Dt
11:1). “Aquele que tem os meus mandamentos e os
guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e
eu o amarei, e me manifestarei a ele” (Jo 14:21);
- Gratidão: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de
seus benefícios” (Sl
103:2). “Entrai pelas portas dele com gratidão, e em
seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome” (Sl 100:4);
- Alegria: “Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto”(Sl
100:2). “E, perseverando unânimes todos os dias no
templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de
coração” (At
2:46).
III - ALGUNS PRESSUPOSTOS DA TEOLOGIA DA BARGANHA
Os
adeptos da Teologia da Prosperidade ensinam ainda em suas deturpações duas
grandes inverdades: a falsa doutrina do direito legal, e a prática do
determinismo. Vejamos ambas detalhadamente:
Observe
o que diz Hagin em um de seus livros: “Descobri que o modo mais eficaz de se orar é
aquele pelo qual você requer os seus direitos. É assim que eu oro: “Exijo meus
direitos” (PIERATT,
1993, p.70 ).
Refutação: É verdade que o
sacrifício de Cristo nos concedeu poder e/ou direitos (Jo 1:13), porém também
nos responsabilizou com deveres (Ap 22.14). Tais direitos não poderão ser
desfrutados se os deveres não forem cumpridos.
No
entanto, isto não significa dizer que como filhos devemos exigir algo do Pai,
pois, em nenhum lugar na Bíblia somos ensinados a exigir de Deus alguma coisa,
pelo contrário, Jesus nos ensina a pedir: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis;
batei, e abrir-se-vos-á” (Mt
7:7). A expressão pedir no grego “aiteõ”
sugere na maioria das vezes a atitude de um suplicante, ou seja, a petição
daquele que está em posição inferior (o cristão), aquele que está em posição
superior e a quem a petição é feita (Deus). Este verbo é encontrado nas
seguintes passagens bíblicas: (Ef 3.20; Cl 1.9; Tg 1.5,6;4.2,3; I Jo 3.22;
5.14-16).
Sempre recebi uma resposta - e a resposta foi sempre “sim”.
Algumas pessoas dizem: “Deus sempre responde às orações. Às vezes diz: “Sim,” e
às vezes diz: “Não”. Nunca li isto na Bíblia. Trata-se apenas de raciocínio
humano (PIERATT, 1993, p.
79).
Refutação: Jesus e os seus santos apóstolos nunca
ensinaram a prática de determinar alguma coisa, nem que sempre as respostas das
orações seriam imediatas, mas, ensinaram a prática da oração seguida da
perseverança: (Lc 18.1-7;Rm 12.12; I Ts 5.17). Daniel orou vinte um dias por
uma resposta (Dn 10.2,12); Elias orou setes vezes consecutivas para que
chovesse (I Rs 18.43,44). Outra coisa deve-se ressaltar, que nem sempre Deus
responde com um “sim” as nossas petições, a exemplo disto temos: Moisés (Dt
3:25) e Paulo (II Co 12:7).
IV - O PERIGO DE SE TENTAR BARGANHAR COM DEUS
A
difusão da Teologia da Barganha tem feito com que uma geração de crentes
tornem-se materialistas, cheios de direitos, e pouco ou quase nenhum dever a
ser cumprido, servindo a Deus apenas por conveniência. No entanto, os
verdadeiros servos de Deus, lhe obedecem independente do que Deus lhes possa
conceder, tais como: O patriarca Jó que, quando foi provado, perdeu tudo,
porém, não deixou escapar a fé, o amor e esperança (Jó 19.25-27); como o
profeta Habacuque que, apesar de estar passando privações, podia exultar no
Senhor (Hc 3.17,18); e ainda como Misael, Hananias e Azarias, que não se
curvaram diante do ídolo que Nabucodonosor, ainda que sentenciados a morte pela
fornalha (Dn 3.17,18).
Os
Teólogos da Prosperidade com seus ensinos deturpados, trazem consigo uma grande
inversão de valores, pois, o material torna-se mais importante que o
espiritual; o ter mais importante que o ser; e a terra mais importante que o
céu. Não bastasse essa série de absurdos, outras doutrinas danosas a fé cristã,
têm sido introduzidas de forma encoberta, entre as quais podemos citar:
4.1 Humanização de Deus e divinização do homem: Este estranho ensinamento é defendido a partir do
momento que o homem passa a exigir, ao invés de pedir a Deus, e Deus passa a
cumprir, porque é obrigado a fazê-lo. No entanto, a Bíblia nos diz que apesar
de Deus interferir na criação, como um ser imanente (não se encontra a parte da
sua criação), ele é um ser transcendende (é superior e está acima da criação),
e que também é soberano para fazer como e quando quiser (Is 43.13). Diferente
do homem que foi feito do pó (Gn 3.19), é menor que os anjos (Sl 8.4,5) e que
seus mais altos atos de justiça são como trapos de imundícia diante da
perfeição do Criador (Is 64.6);
4.2 Amar as coisas e usar as pessoas: Torna-se perceptível o tratamento que os propagadores da
Teologia da prosperidade dão as pessoas. Com o objetivo de manterem seus
programas na TV em horário nobre, fazem inúmeras campanhas para arrancar dos
seus membros o que puder, alegando astuciosamente que estas ofertas são
sementes, e que Deus lhes recompensará devolvendo cem ou até mil vezes mais. O
apóstolo Pedro anteveu o surgimento desta falácia quando disse: “E
por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de
largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (II Pe 2.3).No entanto, é importante saber que
Deus condena a barganha (Êx 23.8) pois o seu relacionamento conosco não se dá
de uma forma comercial ou troca de favores (Dt 10.17), mas
por sua graça e bondade (Sl 103.8);
4.3 Práticas mágicas ao invés da disciplina da oração: Ainda encontra-se
entre os seus ensinos as práticas mágicas, ou seja, o caminho mais curto que a
oração. A fé na Palavra fora substituída pela fé nos artefatos supostamente
consagrados que trazem algum “poder”, como por exemplo (lenço, água, óleo,
flor…). Como podemos ver a história se repete, pois tal comércio se fazia com
relíquias na época de Lutero. Porém, a citação paulina: “Mas
o justo viverá da fé” (Hc
2.4;Rm 1.17), que desabrochou na reforma
protestante, e que resgatou a verdadeira direção da fé: a pessoa de Cristo (Jo
3.16), a Palavra de Cristo e o poder de Cristo (Mt 22.29).
CONCLUSÃO
Concluímos
dizendo que o fato de sermos filhos Deus não significa dizer que Ele atenderá
todos os nossos pedidos. Existem condições estabelecidas por Deus em Sua Palavra , para que
possamos receber suas bençãos. Porém, faz-se necessário permanecer em Cristo
(Jo 15.17); guardar seus mandamentos (I Jo 3.22); e orar de acordo com a Sua
vontade (I Jo 5.14), pois se pedirmos mal, não seremos atendidos (Tg 4.3).
REFERÊNCIAS
- PIERATT,
Allan B. O evangelho da prosperidade.
Vida Nova.
- STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
- GONÇALVES,
José. A verdadeira prosperidade.
CPAD
- ANDRADE,
Claudionor de. Lições Bíblicas: o sofrimento dos justos e o
seu propósito. CPAD.
- VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
domingo, 8 de abril de 2012
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